quinta-feira, 27 de março de 2014

Vezes

Acabo perdendo meus sorrisos, às vezes, quando necessito sentir-me extremamente vivo. O pequeno trevo, que um dia fora motivo de poema, hoje, seu vaso jaz seco, como árvores de inverno, e talvez, naquela época, meus sorrisos, tão verdadeiros, fossem mas fáceis de acontecer. 

Eu não sei bem como lidar com o caso, o passarinho chora por vida. 

Tem dias que acordo e agradeço, na verdade, na maioria das vezes. E nos raros dias, simplesmente esqueço, daí sinto gosto de Melissa.
Às vezes o que mais preciso, é do silêncio e da música que as árvores cantam no outono, até silenciarem de uma vez, quando suas folhas caem.

Clamo por socorro já à algum tempo.
Algumas vezes invejo alguém, mas é só por alguns instantes.

Quando tudo isso acabar, vou sorrir e dizer: ah, como eu era bobo!


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